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APÍTULO
6
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O Sistema Esquelético: Esqueleto Axial
151
Os ossos zigomáticos [Figuras 6.3c,d/6.15]
Como notado anteriormente, o processo temporal do
osso zigomático
articula-se com o processo zigomático do osso temporal para formar o
arco zigomático (
Figura 6.3c,d
). O
forame zigomaticofacial
, na super-
fície anterior de cada osso zigomático, permite a passagem de um nervo
sensitivo para a bochecha. O osso zigomático também forma a margem
lateral da órbita e contribui para formar o soalho da órbita.
Os ossos lacrimais [Figuras 6.3c,d/6.15]
O par de
ossos lacrimais
(
lacrima
, lágrima) são os menores ossos do crânio.
Os ossos lacrimais estão situados na porção medial de cada órbita, onde se
articulam com o osso frontal, a maxila e o etmóide (
Figuras 6.3c,d
e
6.15
).
Uma depressão rasa, o
sulco lacrimal
, conduz a uma passagem estreita, o
canal lacrimonasal
, formado pelo osso lacrimal e pela maxila. Esse canal
abriga o ducto lacrimonasal no seu trajeto até a cavidade nasal.
O vômer [Figuras 6.3d,e/6.5]
O
vômer
forma a porção inferior do septo nasal (
Figura 6.5
, pág. 141).
Localiza-se perpendicular ao soalho da cavidade nasal e se articula tanto
com a maxila quanto com o osso palatino ao longo da linha mediana. A
lâmina vertical do vômer é fina. Sua superfície superior curva articula-se
com o esfenóide e a lâmina perpendicular do etmóide, formando a parte
óssea do
septo nasal
(
septum
, parede) que separa a cavidade nasal em
lados direito e esquerdo (
Figura 6.3d,e
). Anteriormente, o vômer sustenta
a cartilagem do septo nasal que se continua na parte mais mole do nariz e
que separa as narinas.
A mandíbula [Figuras 6.3c,d/6.14]
A
mandíbula
(
Figuras 6.3c,d
, págs. 137-138, e
6.14
) pode ser subdivi-
dida em
corpo
(horizontal) e
ramos da mandíbula
(ascendentes). Os
dentes são sustentados pelo corpo da mandíbula. Cada ramo encon-
tra-se com o corpo nos
ângulos da mandíbula
. O
processo condilar
se estende até a face articular lisa da
cabeça
da mandíbula. A cabeça
da mandíbula articula-se com a fossa mandibular do osso temporal
formando a
articulação temporomandibular
(
ATM
). Essa articulação é
bastante móvel, o que se verifica pelos movimentos mandibulares rea-
lizados durante a mastigação ou a fala. A desvantagem de tal amplitude
de movimentação é o risco de deslocamento por movimento forçado
anterior ou lateral.
No
processo coronóide
, insere-se o músculo temporal. Este é um dos
músculos mais poderosos para a elevação da mandíbula. Anteriormente,
o
forame mentual
(
mentalis
, mento, “queixo”) é uma abertura no corpo
da mandíbula em cada lado do mento. Um nervo atravessa esse forame
conduzindo informação sensitiva do lábio inferior e do mento para o en-
céfalo. A
incisura damandíbula
é a margem côncava que se situa entre os
processos coronóide e condilar.
A
parte alveolar
da mandíbula é uma área espessa que contém os
alvéolos e as raízes dos dentes mandibulares (
Figura 6.14b
). A
linha milo-
hióidea
encontra-se na face medial do corpo da mandíbula. Ela marca a
inserção do
músculo milo-hióideo
que constitui o soalho da cavidade oral e
sustenta a língua. A
glândula submandibular
situa-se na
fóvea submandi-
bular
, uma depressão inferior à linha milo-hióidea. Próximo à terminação
póstero-superior da linha milo-hióidea, o evidente
forame damandíbula
conduz a um
canal da mandíbula
. Este canal é passagem para vasos san-
güíneos e nervo que suprem os dentes mandibulares (inferiores). O nervo
alveolar inferior que atravessa esta passagem conduz informação sensitiva
dos dentes e gengivas; os dentistas geralmente anestesiam esse nervo antes
de trabalhar nos dentes inferiores.
Os complexos orbital e nasal
Muitos ossos do viscerocrânio articulam-se com ossos no neurocrânio
formando o
complexo orbital
ao redor do bulbo do olho e o
complexo na-
sal
que limita as cavidades nasais.
O complexo orbital (órbita) [Figura 6.15]
As
órbitas
são os espaços ósseos que envolvem e protegem os bulbos dos
olhos. Além do bulbo do olho, cada órbita contém também uma glândula
lacrimal, tecido adiposo (corpo adiposo da órbita), músculos que movi-
mentam o bulbo do olho, vasos sangüíneos e nervos. Sete ossos unem-se
para constituir a órbita (
Figura 6.15
). O osso frontal forma o teto, e a
maxila forma a maior parte do soalho. De medial para lateral, a superfície
da órbita e a primeira parte da parede são compostas pela maxila, pelo
(a) Ossos palatinos, vista anterior
(b) Osso palatino, vista medial
(c) Osso palatino, vista lateral
Lâmina horizontal
Lâmina horizontal
Lâmina
perpendicular
Lâmina perpendicular
Crista etmoidal
Crista
nasal
Crista conchal
Crista conchal
Processo orbital
Processo orbital
Figura 6.13
Os ossos palatinos.
Vistas dos ossos palatinos, mostrando os principais referenciais anatômicos:
(a)
vista anterior dos ossos palatinos,
(b)
vista medial do osso palatino direito e
(c)
vista lateral do osso palatino direito.